quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Natal 2

Só hoje me dei conta que a minha missão para este Natal vai ter uma dificuldade acrescida: o Mi ainda acredita no Pai Natal ... Como é que eu vou conseguir levar a minha tarefa adiante sem o fazer desconfiar de nada? Porque acho que um dos dias mais tristes que tive foi quando descobri que o Pai Natal não existia. E a minha história do Pai Natal era diferente daquela de hoje em dia. Para mim o Pai Natal era uma versão doirada da Fedex ou DHL ou UPS. Quem escolhia e nos dava as prendas era o Menino Jesus. O Pai Natal mais não era que o homem encarregado de as entregar. Tipo "homem das pizzas". Nunca dei por isso tanta importância ao "Velho das Barbas". Quem recebia as cartas era o Menino Jesus e era ele que ajuizava se mereciamos ou não o que tinhamos pedido.

Já defendi vários anos junto dos meus filhosmais velhos esta teoria Pai Natal = Sr. da Fedex. E eles acabaram sempre por concordar comigo, até porque no colégio as educadoras tinham uma opinião parecida com a minha. Mas agora ir explicar que o Menino Jesus não manda as prendas é que vão ser elas ...
Com o Kiko foi fácil: no último ano em que acreditou parcialmente no "dueto Pai Natal/Menino Jesus" ainda consegui prolongar a magia desta história dizendo que de facto eram os Pais/Avós/Amigos que compravam, mas apenas e só porque o Menino Jesus nos tinha dado saúde para trabalhar e por isso juntar dinheiro para lhe comprar os presentes. Acreditou. E não melgou com mais perguntas (ele até nisso foi um menino bonzinho!).

Já com o João foi diferente - fez-se de desentendido (cá para mim para não se ver obrigado a comprar nada ...) e depois do Natal foi ele mesmo que me explicou que não havia Pai Natal, que o Menino Jesus não nos enviava nada e que eram mesmo os Pais/Avós/Amigos que compravam aquilo que ele queria. Ainda acrescentou que se a nossa teoria do Natal fosse verdade não haveria pobres no Mundo. Ouvi e calei. E concordei. E ainda tentei "vender" mais uma vez a história que tinha contado ao Kiko, para tentar prolongar o momento, mas ele não me ligou nenhuma.

Agora com o Mi ... ele é o meu bébé! Se ele deixar de acreditar no Pai Natal ninguém cá em casa vai acreditar! E eu não quero isso! Porquê? Porque é que eles têm que crescer? Como é que eu vou viver o Natal sem ter um sere vivo na minha casa que acredita na história do Natal? Acho que esse momento marca o início da pré adolescência. E sinceramente eu já tenho um adolescente e um pré adolescente em casa. Não quero, nem preciso de mais. Dois já são demais, não preciso de um terceiro.

Já sei! Se o Mi me vier com perguntas, vou negar tudo! Vou dizer que ele está enganado. E que se alguém lhe disser o contrário que venha falar comigo! O Mi vai ter que acreditar ... nem que seja só mais um ano ...

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