Pois é, mais um ano passou e ontem foi o meu aniversário. O primeiro festejado fora de Portugal. E correu tudo bem.
Na sexta feira fomos convidados para jantar em casa de um casal amigo, a Patrícia e Zé Solla. Quando estavamos a sair, já um bocadinho atrasados (porque será?!) ... aconteceu-me algo que nunca me tinha acontecido. Dei-me conta que estava a levar os miúdos e que não tinha perguntado se era suposto eles irem. Liguei e claro que não era suposto. Mas naquele momento não havia mesmo outra hipótese, porque para além do Mi e do João estarem todos satisfeitos porque iam brincar com o António e o Frederico eu não tinha nada descongelado para lhes dar de jantar. E assim lá fomos, eu bastante envergonhada com a situação e eles todos numa boa. Sinceramente foi a primeira vez que isto me aconteceu. Mas acabou por não haver problema e acho que o meu deslize foi perdoado pelos donos da casa! Senti que ainda bem com os Solla, porque conhece-os à pouco tempo, mas são muito descontraídos e nada lhes parece fazer confusão - 4 filhos e 1 cadela só podem ser a razão desta descontracção!
Foi um jantar e um serão super agrádavel("muito gostoso", na gíria local) e conhecemos dois casais que também cá vivem. Começo a descobrir que há muitos portugueses no Rio de Janeiro e qualquer dia a nossa agenda social está completamente preenchida. Foi giro estar com pessoas que têm vivências tão diferentes da nossa mas ao mesmo tempo principios, valores e passado tão parecido. Um dos casais viveu imenso tempo em Angola e agora estão cá. Para esses os "dramas" dos supermercados não fazem sentido porque em Luanda nem supermercado havia. O outro casal ela é portuguesa e casou com um brasileiro, por isso vive cá há mais de 20 anos.
Apaguei as velas à meia noite juntamente com o Frederico Solla que fez 8 anos (no mesmo dia do que eu!). Já não me lembro do que fiz no dia do meu 8º aniversário, mas devo ter tido direito a meninos a brincar lá em casa, mousse de chocolate, sumos dawa e a brincar "escada a baixo, escada a cima" nas traseiras lá de casa. E a 1.000 escudos da Avó Rita - esse era o presente habitual e por isso nunca me vou esquecer do valor.
Ficámos lá em casa até às 3h00, na varanda, a conversar, a beber vinho branco e a aproveitar o luxo de estar uma noite de Verão Algarvio.
No sábado, verdadeiramente o meu dia de anos, durante o dia não fiz nada de especial. Fomos almoçar a Ipanema a um buffet de japonês.
Falei por skype com família e amigos, o que é sempre bom. Está frio aí em Lisboa! Pelo menos as roupas assim o faziam parecer.
No sábado à noite contratámos uma senhora para cá dormir e tomar conta dos pequenos (o Kiko tinha programa, para variar) e fomos jantar com 3 casais de amigos portugueses. Amei! (ver o porque deste verbo em crónica anterio!). Primeiro porque foram elas que organizaram e eu não tive trabalho nenhum; segundo porque é bom sentir que estas amizades recentes começam a ser fortes e que crescem a cada dia que passa; terceiro porque o restaurante era muito simpático, a comida óptima e a poucos minutos a pé de casa.
Mas o melhor mesmo de tudo é sentir que há alguém que gosta de nós e que se importa connosco nestas datas importantes. E esse sentimento é especialmente importante quando estamos longe da família e de amigos de toda uma vida. Porque esses nós sabemos perfeitamente que gostam de nós, que se lembram de nós, que se preocupam com aquilo que nós possamos desejar ou gostar. Mas ter tido a Sofia, as Patrícias e a Sónia (e maridos, claro), preocupadas comigo e como eu ia estar nesse dia, deixou-me emocionada e feliz. Talvez esteja a ficar cada vez mais sentimentalona (deve ser da idade), mas estes pequenos gestos ganham cada vez mais importância para mim. O que levamos desta vida são o carinho daqueles que nos rodeiam e a felicidade de dar e receber alegrias. Lembraram-se de mim, que só cheguei à meia duzia de dias. E fiquei tão contente com isso!
Deram-me o melhor presente que eu poderia querer - um bikini da Lenny! Quem me conhece sabe que tenho uma "panca" por bikinis, pelo que adorei. Pena que hoje o tempo não estivesse nada de especial, porque senão já tinha ido à praia estreá-lo.
Ontem lembrei-me imenso da nossa festa de 40 anos, na Pousada de Palmela. E pensei que ainda bem que a fizemos. Nunca devemos "deixar para amanhã o que podemos fazer hoje", e ainda bem que fizemos a festa, que ficará para sempre na minha cabeça como uma festa em que juntei familia e todos os meus amigos, em que os meus filhos estiveram todos presentes (tinhamos feito algo semelhante anteriormente mas eles não estavam ... refiro-me à minha festa de casamento!), em que dançamos até às tantas, em que me diverti à grande. Em que o Pedro estava sempre lá, ao meu lado, a gostar tanto como eu e a divertir-se tanto como eu. Agora imaginem se não tivesse feito a festa! Nunca ia ter essas boas memórias para recordar!
Hoje à noite vou receber os meus presentes enviados de Lisboa. Ou seja, 3 dias a festejar os meus anos. Fantástico, não?
Em cima fica a fotografia do jantar de ontem. Da direita para a esquerda: Tó, Sónia, Cláudio, eu, Pedro, Patrícia, Bruno e Sofia. Faltaram os Sollas que tinham o aniversário do Frederico.
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