No sábado o tempo esteve tristonho e só fomos à tarde ao Jardim Botânico. Recomendo a todos os nossos futuros visitantes este passeio. O Jardim é lindo, muito bem tratado e fiquei com imensa vontade de lá voltar e fazer a visita guiada. É enorme, muito verde, com muitas cascatas de água e o engraçado é que fica mesmo no meio da cidade.
E pela primeira vez desde que cheguei ao Rio, guiei. Regressei do Jardim Botâncio para casa. E à noite tive uma das experiências mais .... caricata, exótica, estranha, nem encontro palavras para a descrever.
Antes de a descrever convém referir que cá os carros saiem dos stands sem matricula. Compra-se o carro e tem-se 15 dias para tratar da dita cuja (que cá se chama placa). Disseram-nos (no stand e os restantes portugueses) que mesmo sem placa poderíamos andar sem problemas com o carro. Ora no sábado à noite, para o Kiko não ter que andar mais de táxi, eu quis ir levá-lo a casa de um amigo. Iamos os dois contentes e felizes na Lagoa Rodrigo de Freitas quando vejo uma carro da polícia atras de mim, com as sirenes ligadas e a fazer sinais de luzes. A custo lá percebi que era para mim. Parei e lá expliquei que o carro era novo e que me tinha esquecido da carta de condução em casa. Eles avisaram-me logo que eu não podia andar com sem placa, que isso era uma infraccção gravissima. Foram simpáticos e até vieram atras de mim até casa para eu vir buscar a carta de condução. O Kiko seguiu viagem de taxi. Chegada à porta de casa começaram com umas histórias terríveis que implicavam imensas chatices. Uma novela! O Pedro entretanto estava lá em baixo com a minha carta de condução, que não serviu de muita coisa porque não estava traduzida .... Enfim, uma confusão. O rol de multas que eu ia apanhar é maior que uma lista de supermercado. Ao fim de alguns minutos eles lá nos disseram que tinham falado com o major e que podiamos resolver tudo ali desde que lhes pagassemos. E pagámos (em notas, claro)! E ficou tudo como se nada tivesse acontecido. Fiquei DOENTE com o que pagámos, mas de facto a coisa ficou resolvida. E o mais caricato disto tudo é que ainda perguntaram ao Pedro qual era a opinião dele sobre a polícia brasileira :) Não obtiveram resposta, para não piorar a situação, mas de facto nunca tinhamos "resolvido" nada assim, tão à descarada e de uma forma tão ... simples. Guardamos todos os detalhes para contar ao vivo e acores, que tem muito mais graça.
Domingo esteve um dia fantástico, com praia à tarde (a água estava fresquinha), boa companhia e almoço às horas cariocas (às 5 da tarde, num boteco no meio da rua). Foi muito bom e chegamos todos a casa esgotados. Os miudos comeram, numa lanchonete, hamburguers e nós fomos ao um chamado Bracarense. Tivemos direito a pataniscas de bacalhau, sopa de feijão encarnado e jogo do Vasco da Gama na TV. Vida boa ...
Nova semana começa hoje, e as nossas rotinas também. Está tudo bem, que é o que mais interessa
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